JÑANA YOGA

 

É o caminho do conhecimento, do questionamento, para o discernimento entre o real e o ilusório (maya).

 

Este conhecimento não é puramente intelectual, mas sim vivencial.

 

Este é o caminho mais difícil, requer força de vontade e de intelecto. Através da filosofia do vedanta, o ana yogui usa sua mente para inquirir sobre sua própria natureza. Nós percebemos o barro e o pote como sendo diferentes, assim como nos vemos sendo separados de Deus.

 

ana Yoga leva o devoto a experimentar sua unidade com o Divino diretamente, através da ruptura do pote, dissolvendo os véus da ignorância.

 

“O aspirante precisa assimilar as lições dos outros caminhos yoguis – porque sem entrega e amor ao Divino, força do corpo e da mente, busca pela autorrealização pode se tornar uma mera e inútil especulação.”

 

O trabalho de ana Yoga inclui 07 elementos fundamentais:

 

Viveka – Discernimento constante entre o real e o ilusório, tendo como um dos parâmetros essenciais a premissa de que se existe a Verdade Absoluta, ela é Imutável e Eterna, portanto, tudo o que é transitório e contingente não sendo absoluto deve ser considerado ilusório e tratado como tal.

 

Vairagya – Desapego. Resulta da conexão com a fonte interna de satisfação, tornando desnecessário utilizar a relação com o mundo para dar um sentido para si mesmo, para preencher-se psicologicamente. Com o desapego a mente fica tranqüila e facilita a meditação.

 

Shat Sampat – São qualidades que caracterizam uma mente harmoniosa, serena, desapegada, que manifesta contentamento, força guerreira e fé na capacidade intrínseca do humano em descobrir que é Divino.

 

Mumuksutva – O estado de liberdade além dos condicionamentos e padrões automáticos do ego.

 

Sravana – É o escutar silencioso capaz de apreender o sentido que se mostra e se esconde nas palavras.

 

Manana – A reflexão que cria clareza mental e acessa o real significado dos ensinamentos e das experiências da vida.

 

Nididhyasana – Meditação. É o mergulho definitivo no oceano da unidade, dissolvendo o eu temporal (ahankar) e manifestando a identidade espiritual, Divina (atmam).

 

 

A realização plena do ana yoga se expressa nas seguintes afirmações:

 

- Aham Brahmasmi – Eu sou Brahmam. Ou seja, eu sou Deus.

 

- Prajnanan Brahmam – A inteligência em mim é o Divino.

 

- Tat Tvan Asi – Tu és isto. Todos são o Um em tudo.

 

- So Ham – Eu sou Ele. A cada respiração mesmo sem consciência digo “Eu sou o absoluto”.

 

Por Fernando Perri